29 de ago. de 2008

Maria Navas

Maria, Maria.
Senhora do Tempo. Senhor do Tempo.
Nobre Melckzedeck.
Tu foste daqui da Terra, mas teu brilho reluz nas estrelas.
Tuas Obras permanecem para sempre deixando teu rastro por este mundo.
Tua Presença Presente está em cada um de teus muitos irmãos neste mundo.
Graças, Maria, por tua dedicação e por teu Amor Infinito.

24 de ago. de 2008

Aceitação

Se eu não estou desperto e consciente, não aceito o que encontro diante de mim, porque estarei fazendo julgamento acerca do que sucede, serei juiz para todas as coisas que encontro.
Se eu tenho o hábito de fazer críticas com base na minha limitada visão, rotulando o que é aceitável ou não aceitável para mim, deixo de perceber a essência dos fatos.
Na verdade, existem muitos níveis de aceitação. Por exemplo, se tenho uma enfermidade qualquer, de nada adiantaria eu não aceitar tal realidade. Se não aceito esse fato estarei condenado a enganar-me a mim mesmo. Eu me sentirei deprimido, diferente ou em desvantagem diante das pessoas, pois estarei escondendo algo de mim mesmo. Mas, por outro lado, se eu aceito ainda que seja uma possibilidade indesejável para mim, terei a oportunidade de cogitar novas percepções acerca da questão e poderei obter possíveis soluções ou superação dessa questão. Poderei aprofundar-me numa investigação pessoal acerca do tema e principalmente acerca de mim mesmo. Isto certamente resultará numa maior clareza e transparência de como eu lido com as coisas e com o mundo no qual vivo.
Não necessito temer a realidade, pois terei que conhecê-la para alcançar ter o domínio sobre as forças que atuam em mim. Desta maneira, poderei incorporar na minha consciência toda verdade, revelando-me a mim mesmo um contexto muitas vezes ignorado.
Em minha busca, devo certificar-me da realidade em cada instante. Devo verificar a posição e o rumo de minha investigação pessoal, pois é a maneira que tenho de aperfeiçoar a minha consciência e a minha existência neste mundo, onde estou e para onde estou indo. Então, preciso saber a verdade moral de cada coisa.
A busca da verdade é o instrumento que me revela a essência. Assim, de forma consciente, devo aceitar o que de fato existe, ou seja, em que contexto existe ou certificar-me que não existe. Se um fato existe, seja da forma que for, tenho o dever de ir às profundezas e buscar as causas para revelar-me em todos os aspectos e explicar-me tal fato. Esse conhecimento me permite reunir os meios e as condições necessárias para corrigir a trajetória da realidade que pode causar-me danos e me permite sanar tudo que me causa prejuízos.
Compreender essa dinâmica é parte de meu compromisso de existir.
A única coisa que não devo aceitar é a inércia, pois vai contra a natureza criadora, construtiva e transformadora. A minha existência é fruto do movimento. Isto é a inteligência criadora, construtiva e transformadora.
Deus é o criador de todas as coisas, e esta natureza criadora, construtiva e transformadora nunca fica inerte. Devo estar consciente do valor e do significado de cada coisa criada, construída ou transformada. Cada um de nós somos a imagem e semelhança de Deus e devo ser capaz de aceitar ser o filho do Pai.
Necessito estar consciente de minha capacidade de criar, construir e transformar mesmo que limitadamente.
Se não estou consciente daquilo que realmente eu sou, então serei eu responsável pelos danos que atingem a mim mesmo e a outros, pois voluntariamente e involuntariamente tenho uma mente criadora.
Os danos que me afetam são criados ou consentidos por mim mesmo, por conservar-me corrompido pela história do ser humano, sem transformar ou atualizar a minha realidade no presente. Não posso atribuir as minhas mazelas a Deus Pai e nem tampouco ao Filho do Pai. Eu terei permitido o golpe de estado praticado pelos inferiores ao identificar-me com os inferiores ao invés de assumir-me como Filho de Deus.
Deus é amor e jamais criaria algo que causa dano ao Seu Filho. Por isto devo sintonizar-me na minha essência.
Mas o homem, apesar de ser a imagem e semelhança do Pai, é capaz de criar coisas danosas que afetam a si mesmo e a outros, apenas por não estar consciente de sua natureza como Filho do Pai.
Então, aceitar não é propriamente admitir e deixar que algo seja, mas é reconhecer a verdade e a realidade daquilo que se apresenta diante de mim, seja o que for, visível ou não visível.

Aceitar, portanto, não é uma atitude passiva, mas uma atitude ativa e perseverante de busca da verdade.